José Aleixo Irmão
Filho de Francisco Aleixo de Oliveira e Cesarina de Paula, nasceu a 7 de dezembro de 1912 na cidade de Nuporanga, Estado de São Paulo. Promotor de Justiça aposentado. Cursou as primeiras letras nas Escolas Reunidas de Nuporanga e o ensino médio no Ginásio São José, de Batatais-SP. Foi um dos ativos participantes de Revolução Constitucionalista de 1932, integrando o grupo de voluntários de sua cidade que formaram o Batalhão Arquidiocesano e guarneceram, na Serra da Mantiqueira, a estrada entre São Luís do Paraitinga e Ubatuba, no Vale do Paraíba, sob o comando do coronel Euclides Figueiredo. Em 1936, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. Na cidade de Passa Quatro-SP, foi Diretor do Ginásio Municipal; Prefeito, por designação do interventor federal Ademar de Barros; Presidente do Tiro de Guerra nº 295; e Promotor de Justiça. Promotor de Justiça também nas cidades paulistas de São José do Rio Pardo, Sorocaba e na capital São Paulo. Seu maior campo de atuação ocorreu na cidade de Sorocaba, onde se radicou e onde tinha chegado como Promotor de Justiça – cargo que exerceu por 15 anos. Ali foi Assistente da cadeira de Economia Política da Faculdade de Direito, Conselheiro da Comissão de Desenvolvimento, e membro da construção da Casa do Albergado, da Faculdade de Direito e do Estádio Municipal. Sócio-fundador e presidente de honra da Academia Sorocabana de Letras, na qual ocupava a cadeira nº 1. Membro de inúmeras instituições culturais do País: Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, como titular da Cadeira Júlio Ribeiro; Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba; Centro de Folclore de Sorocaba; Instituto Genealógico Brasileiro; Associação Paulista de Imprensa; Associação dos Cavaleiros de São Paulo; Academia Ribeirão-Pretana de Letras; Academia Santarritense de Letras; Academia Anapolina de Letras e Artes-GO; Instituto Cultural do Vale Caririense – CE; Academia Paulistana de História; Instituto Histórico e Geográfico de Guarujá-Bertioga; e International Academy of Letters of London. Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia em 29 de fevereiro de 1996, participante do convênio entre o CBG e o Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba. Foram-lhe outorgados os seguintes títulos e condecorações: Cidadão Sorocabano; Cidadão Santa-ritense Honorífico; Filho benemérito de Nuporanga; Honra ao Mérito: pela Prefeitura Municipal de Sorocaba-SP, pela participação nos festejos da XIV Semana do tropeiro; Troféu Oscarito, setor Literatura, da Secretaria de Educação de Sorocaba; Medalhas: da Ordem Nacional dos Bandeirantes, da Perseverança III, do Cinqüentenário – da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, da Constituição, “Martim Afonso de Souza” – do Instituto Histórico e Geográfico Guarujá-Bertioga, “Brigadeiro Tobias” – da Polícia Militar do estado de São Paulo; Colar comemorativo do Sesquicentenário da Revolução Liberal de 32. Fez parte do grupo criador de uma das mais importantes instituições do Sudoeste paulista, a Fundação Ubaldino do Amaral, mantenedora do Colégio Politécnico de Sorocaba e do jornal Cruzeiro do Sul, do qual integrou o primeiro Conselho Editorial. Além de coluna diária no jornal, que assinou por vários anos, prestou colaboração com outras publicações regionais, como a Folha de Santa Rita do Passa Quatro, Gazeta do Rio Pardo, A Perseverança, Folha de Sorocaba e Diário de Sorocaba. Autor de inúmeros artigos para revistas, sendo o criador de uma delas, a revista Obra Literária e Histórica. São de sua autoria as obras: Euclides da Cunha e o Socialismo – 1960; Grandezas e Misérias do Júri – 1968; Nulidades do Processo de Cristo – 1971; Enxergo de Minha Janela – poesias, 1973; Júlio Ribeiro – 1978; O Liberalismo em Sorocaba – 1986; Affonso de Taunay e o Mosteiro de São Bento; Nuporanga, Minha Terra; Símbolos de Nuporanga; Crônicas e Ditos Populares; em dois volumes, a história da faculdade de Direito de Sorocaba; e Brigadeiro Tobias de Aguiar – O Homem, o Político. Em 1969 publicou o primeiro volume da coleção A Perverança e Sorocaba, em comemoração aos 100 anos essa Loja Maçônica, da qual participava. Seguiram-se, até 1997, mais 5 volumes. Faleceu em Sorocaba no dia 28 de setembro de 2003.