José do Canto Paim de Bruges da Silveira Estrela Rego
Filho de Gonçalo Manuel Estrela Rego e Maria dos Milagres do Canto Paim de Bruges Estrela Rego, nasceu a 8 de abril de 1929 na Ribeira Grande, Ilha de S.Miguel, Açores, Portugal. Casou com Conceição e teve os filhos Isabel, Margarida, Antônio, Beatriz, Clara e Raquel, que lhe deram sete netos. Médico Cirurgião, especialista em Oftalmologia. Formado em 1957 pela Universidade de Coimbra, trabalhou no Estados Unidos e na Faculdade de Medicina de Coimbra, onde foi professor assistente. Regressou a S. Miguel, indo trabalhar no Hospital de Ponta Delgada, sendo eleito pelo corpo clínico, em 1982, para o conselho de gerência, por dois mandatos consecutivos. Por seus esforços no cargo, foi criado o novo Hospital de Ponta Delgada, hoje Hospital do Divino Espírito Santo. Os registros encontrados sobre seu trabalho profissional em São Miguel mostram seu permanente incentivo aos jovens da ilha para que seguissem o curso de medicina, e que escolhessem especialidades que ali não existiam, instando-os a retornar à terra natal. Membro do Conselho de Gerência do Hospital de Ponta Delgada, como dito acima, de 1982 a 1990, e presidente de 1985 a 1990. A partir de então, direcionou seus esforços na implantação, nos Açores, da seção regional do Sindicato Independente dos Médicos. Foi, por muitos anos, delegado da Ordem dos Médicos no distrito de Ponta Delgada e o organizador do “Distrito Médico dos Açores da Ordem dos Médicos”, o que lhe valeu, da Ordem e do Sindicato, diploma e medalha de mérito. Prestava serviços profissionais gratuitos à Cruz Vermelha, à Assistência Nacional aos Tuberculosos e à Associação dos Socorros Mútuos. Profundo conhecedor da realidade e da história dos Açores, era defensor da autonomia das ilhas. Na política autárquica, foi membro do conselho municipal de Ponta Delgada, mas décadas de 1960 e 1970. Filiado à Associação para o Desenvolvimento Econômico e Social e membro da Acção Nacional Popular. Recusou convites para ser deputado ou exercer cargos políticos, mas chegou a ser indicado para Governador Civil. Nos últimos anos de vida, foi Presidente do Instituto Cultural de Ponta Delgada, onde fez publicar dezenas de obras de temática açoriana. Católico progressista, participava de movimentos locais, promovendo atividades para leigos. Membro do Instituto Açoriano de Cultura, do Instituto Histórico da Ilha Terceira, do Núcleo Cultural de Horta Trindade e da Sociedade de Estudos Açorianos Afonso de Chaves, entre outros. Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia em 03.05.2000. Nos últimos dias dedicava-se a pesquisar a presença, em Ponta Delgada em 1948, de uma professora belga, filha de cientista renomado da época. Faleceu na terra natal a 1º de julho de 2004, sendo velado na Ermida de Santana e sepultado no Cemitério São Joaquim.