Lourenço Luiz Lacombe
Filho de Henrique Luiz Lacombe e Francisca Jacobina Lacombe, nasceu a 7 de abril de 1914 no Rio de Janeiro, onde também faleceu a 29 de agosto de 1994. Casou-se com Jurene, com geração. Professor e funcionário público federal. Estudou no célebre Colégio Jacobina, mantido por sua família, em seguida no Colégio Rezende, concluindo Biblioteconomia em 1939. Foi ainda jovem para Petrópolis-RJ, juntando-se ao grupo que iniciara o Museu Imperial, tornando-se discípulo e admirador de Alcindo Sodré, o fundador e 1º diretor da instituição. Na Casa trabalhou por meio século, primeiro como Pesquisador Especializado (1940-1946); em seguida Chefe da Divisão de Documentação (1946-1967) e Diretor (1967-1990). Professor de História do Brasil na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica de Petrópolis, Universidade Católica de Petrópolis e nos seguintes educandários: Instituto Carlos A. Werneck, Colégio Notre Dame de Sion, Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio, Colégio São Vicente, Colégio São José e Colégio Estadual Washington Luís, todos na mesma cidade. Estudioso da disciplina que lecionava, era um especialista em 2º Reinado e entusiasmado pesquisador da História de Petrópolis, cidade que amava e pela qual trabalhava com sua invejável cultura e capacidade profissional e intelectual. Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Petrópolis e Conselheiro do Museu de Armas Ferreira da Cunha. “Não parava nunca, era ativo, diligente e percuciente pesquisador, uma verdadeira enciclopédia do conhecimento histórico.” Dele sintetizou o professor Jeronymo Ferreira Alves Netto, em artigo publicado a 11 de setembro de 1994: “Lacombe era culto, inteligente e espirituoso”’. Na Academia Petropolitana de Letras ocupou a cadeira 31, patrono Visconde de Ouro Preto, sendo empossado a 4 de fevereiro de 1945. Colaborador atento e solidário, exerceu as funções de tesoureiro (1946), 1º secretário (1950-1951), Secretário Geral (1956-1957), Bibliotecário (1968-1971 e 1974-1975), 2º secretário (1972-1973 e 1976-1977), membro do Conselho Fiscal (1993-1994). Foi condecorado pelo governo de Portugal, com o Colar de Grande Oficial da Ordem Militar de São Tiago e pelo governo brasileiro, com a Ordem Nacional do Mérito Educativo. Além dos citados Instituto Histórico de Petrópolis e Academia Petropolitana de Letras, fez parte de inúmeras entidades sociais e de cultura de Petrópolis, do país e do exterior, entre as quais citamos: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano; Institutos Históricos e Geográficos de Sergipe, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Igarassu-PE, Brasília-DF e Jaguarão-RS. Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia em 17.09.1951. Pesquisou muito, escreveu dezenas de trabalhos, publicados em livros, no “Anuário do Museu Imperial”, na revista “Vozes de Petrópolis”, em diversas revistas especializadas, na imprensa fluminense, carioca e petropolitana. Seus livros de maior sucesso foram Os Chefes do Executivo Fluminense, 1973 e Isabel, a Princesa Redentora, 1989. Dentre inúmeros artigos e obras, destacamos, além das duas citadas, Centenário da Câmara Municipal – 1959; Organização e Notas da Cidade de Petrópolis – Reedição de Quatro Obras Raras – 1957; Primeira Visita do Imperador do Brasil D. Pedro II a Portugal – 1965; D. Pedro II em Petrópolis – 1964; D. Pedro I e Petrópolis – 1965; Ruas de Correias e outras Crônicas – Vol. III dos Trabalhos da Comissão do Centenário de Petrópolis; Visitantes Estrangeiros de Petrópolis – idem, Vol. V; As Primeiras Sesmarias do Município – idem, Vol. VI; Major Koeler – idem, Vol. VII. Escreveu ainda numerosos artigos publicados nos Anuários do Museu Imperial, na Revista Vozes de Petrópolis, na Tribuna de Petrópolis, no Jornal de Petrópolis e na Pequena Ilustração, expondo sempre com serena objetividade os resultados de suas laboriosas pesquisas. Ao falecer, trabalhava na obra História do Museu Imperial, que não chegou a terminar. Portador de inúmeras condecorações e honrarias, suas três grandes paixões eram: a família, o Museu Imperial e o Instituto Histórico de Petrópolis.
Fontes: Academia Petropolitana de Letras – www.apcl.com.br ; e artigo de Jeronymo Ferreira Alves Netto para o Instituto Histórico de Petrópolis – www.ihp.org.br