Norberto Ulysséa Ungaretti
Filho de Gil Ungaretti e de Otilia Ulysséa Ungaretti, nasceu a 15 de maio de 1936, na cidade de Laguna, Estado de Santa Catarina. Advogado, escritor, professor, historiador e desembargador. Os ensinos primário e médio cursou na cidade Natal, tendo sido aluno do Grupo Escolar Jerônimo Coelho (onde teve por primeira professora a própria mãe), D. Otilia, Ginásio Lagunense e Escola Técnica de Comércio Lagunense. Formado em Direito pela antiga Faculdade de Direito de Santa Catarina, hoje Universidade Federal de SC, em 1960. Atuando sempre seu estado natal, foi secretário particular do governador Jorge Lacerda (1956 – 1958), sub-chefe da Casa Civil do governo Heriberto Hülse (1959-1961). Em 1959, durante a VII Jornada Jurídica Nacional, realizada em Florianópolis, foi classificado por um seleto corpo de jurados como o melhor orador acadêmico de Direito de todo o Brasil, algo até hoje inédito para um catarinense. Foi consultor jurídico e procurador fiscal do Estado, Secretário de Estado do Interior e Justiça no governo de Ivo Silveira, professor de Direito Civil no Centro de Ciências Jurídicas da UFSC, professor e diretor da Escola Superior da Magistratura de SC, desembargador do Tribunal de Justiça de SC, membro do Conselho Estadual de Cultura, presidente da comissão que elaborou o anteprojeto da Constituição do Estado de Santa Catarina, em 1967 e da Lei Orgânica dos Municípios. Sempre dedicado ao estudo do Direito Civil, desempenhou suas atividades também junto ao Escritório Modelo do Centro de Ciências Jurídicas, vindo a se aposentar em 16 de outubro de 2002, após mais de três décadas de docência. Concorreu pela UDN – União Democrática Nacional, a uma vaga na Câmara Municipal de Florianópolis na 5ª Legislatura (1963-1967), sendo eleito com 742 votos. Foi o vereador mais votado na área central da Capital. Em 1965, com a renúncia de Dakir Polidoro à presidência, foi eleito por unanimidade para exercer a função, e reeleito em 1966. Foi a primeira vez na história da Câmara que todos os partidos uniram-se para eleger um presidente. Em outubro de 1966, renuncia à presidência por ter sido nomeado Secretário do Interior e Justiça. Membro de bancas examinadoras de concursos para docentes na UFSC e para juízes do TRJ e TRT de Santa Catarina. Sócio fundador e presidente do conselho deliberativo da Associação Catarinense para Integração do Cego; sócio – fundador e vice- presidente do Lagoa Iate Clube, de Florianópolis; sócio emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e titular da Cadeira nº 40 da Academia Catarinense de Letras. Sócio-fundador do Instituto de genealogia de Santa Catarina – INGESC. Delegado em SC da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas. Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia em 23.07.2004. No final dos anos 90, dedicou-se a projeto de pesquisa para escrever a biografia do lagunense Jerônimo Coelho, fundador e patrono da imprensa catarinense, político ilustre que deu nome à escola onde Norberto foi alfabetizado, tendo estudado com profundidade os discursos do personagem na Câmara dos Deputados. O nome escolhido para o livro foi “Jerônimo Coelho, o catarinense mais ilustre do Império”, mas a obra nunca chegou a ser publicada, pois Norberto se recusou a receber patrocínio público. Em maio de 2013, foi homenageado pela Ordem dos Advogados do Brasil -OAB, durante solenidade alusiva aos 80 anos da OAB/SC realizada na Câmara Municipal de Florianópolis. Autor de trabalhos sobre Direito e História de Santa Catarina, entre eles o livro Laguna: um pouco do passado (Florianópolis: Edição do Autor, 2002). Faleceu em sua residência, no bairro de Triagem, na capital Florianópolis na manhã da quinta-feira, dia 9 de janeiro de 2014, sendo sepultado no dia seguinte, às 10h 30m, no Cemitério Jardim da Paz da mesma cidade.