Bruno da Silva Antunes de Cerqueira

Nascido em Santa Rosa, Niterói (RJ), em 23 de fevereiro de 1979, é o segundo filho do casal Antônio Antunes de Cerqueira (*1949), professor de Música, de Português, de Inglês e Religião, e Leila Maria Souza da Silva (*1949), professora primária, assistente social, servidora federal aposentada e antiga coordenadora de Políticas para Pessoas com Deficiência do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Bruno graduou-se em História na PUC-Rio em 2003 e cursou a pós-graduação, lato sensu, em Relações Internacionais, no Iuperj/Ucam em 2008, concluindo-a com a monografia O curioso caso de Barack Obama: religião e política nos Estados Unidos do 21º século da Era Cristã.

Iniciou a graduação em Direito na PUC-Rio, em 2010, concluindo-a no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), onde apresentou, em 2016, a monografia A demarcação territorial indígena e o problema do “marco temporal”: o Supremo Tribunal Federal e o indigenato do Ministro João Mendes de Almeida Junior (1856-1923— publicada pela Associação Nacional dos Procuradores da República.

Atualmente é mestrando do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Salgado de Oliveira (Universo).

Desde muito jovem é um aficionado em genealogia, filologia, etimologia, monarcologia e eclesiologia.

Entre 1998 e 2002 secretariou S.A.I.R. Dona Maria da Baviera (1914-2011), por indicação de seu padrinho, Prof. Otto de Alencar de Sá Pereira (1932-2017), antigo assessor-chefe de S.A.I.R. Dom Pedro Henrique (1909-1981) — neto e sucessor dinástico da Princesa Dona Isabel (“A Redentora”).

Em 2000, idealizou com o Prof. Otto de Sá Pereira o Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora, fundando-o em 13 de maio de 2001, juntamente com outros historiadores, cientistas sociais, advogados, artistas etc.

Especialista em genealogia dinástica, foi diretor de publicações do Colégio Brasileiro de Genealogia de 2005 a 2007, tempo em que ajudou na implementação da nova página do Colégio na Internet e na atualização da “Carta Mensal” da instituição. É sócio titular da instituição, ocupando a cadeira de número 16.

Em 12 de maio de 2004 recebeu da Casa do Artista Plástico Afro-Brasileiro, no Cordão do Bola Preta, o “Diploma de Sabedoria Nelson Mandela”, descrito na ocasião pela entidade concedente como uma espécie de titulação de “Preto Velho”.

Atuou como assessor especial na Chefia para Assuntos de Cerimonial da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro de 2004 a 2008, primeiramente a serviço da Profª. Vera Jardim e, depois, de sua sucessora no cargo. A ênfase do trabalho no Cerimonial do Poder Legislativo fluminense era a Redação Oficial, a orientação protocolar, o treinamento de pessoal, o aprimoramento de estagiários, a coordenação da mala-direta e a supervisão de textos e conteúdos. Entre 2007 e 2008, exerceu uma subchefia de facto no Cerimonial da Alerj, ainda que não de jure.

Deu aulas de História do Brasil para os jovens do Pré-Vestibular Comunitário Pe. Bruno Trombeta (PEPeBT), da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, entre 2005 e 2006.

Publicou D. Isabel I a Redentora, textos e documentos sobre a Imperatriz exilada do Brasil em seus 160 anos de nascimento (IDII, Rio de Janeiro, 2006) e o capítulo Descendência de D. Pedro IV, Rei de Portugal e Imperador do Brasil, na reedição da História Genealógica da Casa Real Portuguesa. vol. XV, de Dom Antonio Caetano de Sousa (QuidNovi e Academia Portuguesa da História, Lisboa, 2008).

Em outubro de 2009, chefiou o Protocolo no casamento da Princesa D. Isabel Maria Eleonora de Orleans-e-Bragança com o Conde Principesco Alexander de Stolberg-Stolberg (casa mediatizada da Renânia, Alemanha) e em abril de 2011 foi chamado a comentar o casamento do Príncipe William Arthur Philipp Louis da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (Príncipe William de Gales) com a Senhorita Catherine Elizabeth Middelton, no canal Globonews e demais mídias das organizações Globo e outras emissoras. Durante os eventos prévios ao casamento da trineta homônima da Redentora, realizou-se a primeira versão do projeto MemoRio, o programa de turismo histórico-cultural do IDII.

Em junho de 2010 executou o treinamento de equipe de Protokollon, com ênfase em receptivo para Chefes de Estado, junto ao staff do Copacabana Palace.

Entre 2011 e 2012 assessorou a Vereadora Sonia Rabello, líder do Partido Verde na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, antiga procuradora-geral do Município do Rio de Janeiro e professora titular de Direito Administrativo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Nesse período, coordenou os trabalhos técnicos da Comissão Especial de Patrimônio Cultural da  CMRJ, presidida por Sonia Rabello.

Na Comissão de Patrimônio Cultural, Bruno Antunes de Cerqueira foi responsável, inclusive, por vistoriar o Antigo Museu do Índio do Rio de Janeiro, prédio localizado no Maracanã (Grande Tijuca), em que nasceu a museologia indigenista brasileira e onde foi formulado o Parque do Xingu. O prédio histórico, um dos maiores símbolos do indigenismo de Estado do Brasil, se encontra em abandono pleno.

Aprovado em concurso público para o cargo de “Indigenista Especializado” (analista de política indigenista), tomou posse, em 2012, na Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília. Na Funai, trabalhou na Presidência, na Coordenação-Geral de Gestão Estratégica (CGGE) e na Coordenação-Geral de Identificação e Delimitação (CGID), da Diretoria de Proteção Territorial, onde respondeu, nesta última, pelo Serviço de Análise de Contestações — aos procedimentos de identificação e delimitação de terras indígenas. É membro do Quadro Permanente de Instrutores da Fundação, desde julho de 2014. Entre 2017 e 2020 auxiliou a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas na formação dos novos servidores da Funai.

Advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Distrito Federal, atua nas Comissões da Memória e da Verdade e dos Direitos Humanos da OAB/DF e na Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas (CEDDPI) do Conselho Federal, sendo, ainda, o presidente da Ceddindigenas da OAB/DF.

É conselheiro vitalício do Instituto Interamericano de Fomento a Educação e Cultura e Ciência (IFEC); membro da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH), da Sociedade de Amigos do Museu Imperial (Sami), do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, do Instituto Histórico de Petrópolis, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, da Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio, da Associação Nacional dos Servidores da Funai (Ansef) e da Indigenistas Associados (INA).

No âmbito de uma parceria entre a editora paulista Linotipo Digital e o IDII, participou da republicação da obra O Imperador no exílio, de Affonso Celso de Assis Figueiredo Junior, Conde de Affonso Celso (1860-1938), saída em 1893. A obra foi lançada na Academia Brasileira de Letras, casa que Affonso Celso fundou e presidiu, em 17 de outubro de 2013, na presença de seus descendentes. Em 02 de dezembro de 2013 ocorreu novo lançamento, na Academia Cearense de Letras, em Fortaleza, mesma data em que o Ceará comemorava os 100 anos da estátua de D. Pedro II, localizada em frente à Catedral Metropolitana de São José. Na reedição, Bruno Antunes de Cerqueira apresenta uma breve biografia do grande brasileiro Affonso Celso.

Em novembro de 2015 ultimou o Manual de Redação Oficial da Funai, junto com o grupo técnico especialmente estabelecido para este fim. Na ocasião, publicou o Anexo II do Manual: Dos títulos e tratamentos protocolares no âmbito da Redação Oficial. Em 2016 compôs a Comissão Organizadora do Concurso Público para Provimento de Cargos na Funai, sendo responsável pela redação do conteúdo programático de Indigenista Especializado(a) e outros cargos.

É irmão da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro desde 2006 e, em dezembro de 2015, publicou o capítulo Outeiro da Glória e Glória do Outeiro: brevíssima história de uma das mais antigas e importantes confrarias marianas do Brasil, no livro de arte Outeiro da Glória: marco na história da Cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, ArtePadilla, 2015).

Entre 2016 e 2018 participa da coordenação dos eventos dos 170 anos de nascimento da Redentora, que entre outras iniciativas lança a biografia O Príncipe Soldado: a curta e empolgante vida de D. Antonio de Orleans e Bragança (1881-1918), da historiadora paulista Teresa Malatian.

Em 28 de setembro de 2019 (dia da Lei do Ventre Livre), lançou com a historiadora e arquivista Fátima Argon, pesquisadora aposentada do Museu Imperial, o livro Alegrias e Tristezas: estudos sobre a autobiografia de D. Isabel do Brasil, na própria residência isabelina em Petrópolis — chamada de Palacio da Princeza, no século XIX.

Bruno Antunes de Cerqueira tem prestado consultorias para o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e o Museu Imperial em diversas demandas informacionais, mormente no que se refere à história da Monarquia e da realeza brasileiras, do abolicionismo, do isabelismo, do indigenismo e da participação das mulheres na política oitocentista.

No primeiro semestre de 2019, criou o canal de YouTube  “História do Brasil Como Você Nunca Viu”, em parceria com Haroldo Resende, psicólogo e gestor de Recursos Humanos.

Foi voluntário do pré-vestibular da Rede Emancipa, em Ceilândia (DF).

 

CBG

Cadeira nº. 16 – Conselheiro Macedo Soares

 

Famílias pesquisadas:

Alves de Souza, Alves Lessa, Alves de Bragança e Coelho da Silva (São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Búzios e região), Costa Ribeiro (Bom Jesus do Norte-ES e Bom Jesus do Itabapoana), Antunes de Siqueira (Ubá, Mariana, Juiz de Fora, Itaperuna), Lomeu Bastos (Lage de Muriaé-RJ), Mendes de Cerqueira, Cerqueira Pinto, Bastos Cerqueira, Cerqueira Leite, Dutra de Cerqueira et alii (Juiz de Fora, Muriaé, Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana…)

 

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