D. Isabel d’Orleans e Bragança e Dobrzensky †

Dona Isabel Maria Amélia Luiza Victoria Teresa Joana Michaela Gabriela Raphaela Gonzaga de Orléans e Bragança e Dobrzensky-von-Dobrzenicz, nasceu no Castelo de Eu, na Normandia, França, aos 13 de agosto de 1911. Foi Princesa de Orléans e Bragança e, por casamento, condessa consorte de Paris.

Primogênita de D. Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e de D. Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz, foi batizada em 15 de agosto, tendo como padrinhos seus avós paternos, a Princesa Isabel do Brasil e o conde Gastão d’Eu.

Em 1931, aos 19 anos, Isabel tornou-se a condessa de Paris ao casar com o primo Henri Robert Ferdinand Marie Louis Philippe d’Orléans et Orléans, conde de Paris, então postulante ao trono francês, filho de Pedro Clemente Maria, duque de Orléans e de Guise, e de Isabel Maria das Mercedes Laura d’Orléans, princesa de França.

No começo, o casal e seus 11 filhos tiveram que morar no exterior. Tudo por causa da Lei do Exílio, do fim do século 19, que proibia o pretendente ao trono de pisar em território francês. A família morou no Marrocos, na Espanha e em Portugal, abrigando-se no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Retornaram à França após a revogação da lei, em 1950. Participou ativamente ao lado do marido das atividades do partido orleanista a partir da década de 1950.

Nos anos 1970, o casamento de Isabel acabou, e ela passou a viver separada do marido, sozinha num apartamento da família, em Paris, nos arredores da rue de Miromesnil. Presidiu diversas organizações de caridade.

De seu casamento com Conde Henrique de Orléans nasceram onze filhos: Isabelle d’Orléans, Henri d’Orléans – conde de Clermont; Hélène d’Orléans; François d’Orléans – duque d’Orléans; Anne d’Orléans; Diane d’Orléans – duquesa de Wurtemberg; Michel d’Orléans; Jacques d’Orléans – duque d’Orléans (a partir de 1960); Claude d’Orléans – duquesa d’Aosta; Chantal d’Orléans – baronesa de Sambucy de Sorgue; e Thibaut d’Orléans (1948–1983) – conde de la Marche.

Faleceu em Paris, de problemas cardíacos, em 5 de julho de 2003, quando tinha viagem marcada para o Rio de Janeiro. Muito próxima de seus irmãos Pedro e João (morto em 2005) no Brasil, “sonhava organizar uma exposição sobre a nobreza brasileira na cidade de Eu, no castelo onde nasceu” – segundo a secretária Françoise Bertrand, sua fiel escudeira por 16 anos.

Obras:

  • Tout m’est bonheur (souvenirs) – 1978 – traduzido, no Brasil, como « De Todo Coração » – autobiografia ;
  • Chemins creux – 1981 ;
  • Blanche de Castille, mon aïeule– 1991 – biografia da Rainha de França Branca de Castela ;
  • Marie-Antoinette – 1993 – biografia da Rainha Maria Antonieta;
  • La reine Marie-Amélie [Texte imprimé] : grand-mère de l’Europe – 1998 –  biografia da Rainha de Portugal Maria Amélia;
  • L’album de ma vie – 2002 – com a colaboração de Cyrille Boulay).

Fontes:
www.imperialereal.com/biocondessadeparis.htm

http://historia.abril.com.br/2006/edicoes/capa/mt_200607.shtml
Foto:  Secretariado da Condessa de Paris (1997) em  www.imperialereal.com

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