D. Pedro Gastão de Orleans e Bragança e Dobrzensky †
Dom Pedro de Alcantara Gastão João Maria Filipe Lourenço Humberto Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança e Dobrzensky-von-Dobrzenicz, mais conhecido como Dom Pedro Gastão, nasceu no Castelo de Eu, França em 19 de fevereiro de 1913. Segundo filho e primeiro varão, de D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança e da condessa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz.
O pai de D. Pedro Gastão era o primogênito e, por conseqüência, herdeiro de D. Isabel, a Redentora. Contudo, em 1908 ele renunciou ao trono imperial brasileiro para se casar com a condessa Elisabeth Dobrzenska, fazendo de seu irmão, D. Luís Maria Filipe, o Príncipe Imperial do Brasil, e da futura descendência deste a sucessora nos direitos ao Império do Brasil. Quando do nascimento de D. Pedro Gastão, seu pai já havia renunciado há cinco anos, e seu primo, D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança, já havia nascido há quatro anos e sido intitulado Príncipe do Grão-Pará.
D. Pedro Gastão visitou o Brasil pela primeira vez aos sete anos de idade, em 1920, quando a Lei do Banimento foi revogada pelo Presidente Epitácio Pessoa. Depois, em 1922, ele voltou com seus pais e irmãos – D. Isabel Maria, D. Maria Francisca, D. João Maria e D. Teresa -, por ocasião do Centenário da Independência, viagem na qual seu avô, Gastão de Orleans, Conde d’Eu, faleceu a bordo do navio Massilia, velado pela nora, D. Maria Pia de Bourbon, e pelos netos D. Pedro Henrique, D. Luiz Gastão.
Concluiu seus estudos na Europa e casou-se com a princesa espanhola D. Maria de la Esperanza de Bourbon (1914-2005), em Sevilha, em 1944. Estabeleceu-se no Brasil a partir da Segunda Guerra Mundial. Dirigiu a Companhia Imobiliária de Petrópolis até o final da década de 1990. Com o avanço da idade, D. Pedro Gastão retirou-se para a propriedade de sua esposa em Villamanrique próximo de Sevilha, na Espanha.
Os últimos anos de vida do casal foram passados na propriedade da princesa, onde ambos faleceram. D. Pedro Gastão morreu na madrugada do dia 27 de dezembro de 2007, aos 94 anos de idade, e foi sepultado no dia seguinte, na capela de Villamanrique de la Condesa.
Não tendo jamais aceito a renúncia paterna, sempre se colocou como pretendente ao trono brasileiro. Foi o chefe do “Ramo de Petrópolis”, expressão criada pela imprensa brasileira para designar os dois ramos descendentes da Redentora. D. Pedro Gastão era, em verdade, na visão abalizada dos genelogistas e historiadores europeus e brasileiros, o Chefe da Casa de Orleans-e-Bragança, uma linhagem principesca estabelecida pelo consórcio de seus avós Gastão de Orléans e Isabel de Bragança.
Descendência
De seu casamento com D. Maria de la Esperanza de Bourbon:
- D. Pedro Carlos de Orleans e Bragança (1945–);
- D. Maria da Glória de Orleans e Bragança (1946–) – ex-mulher do herdeiro do trono sérvio e mãe de seus três filhos, atual Duquesa cons. de Segorbe (Esp.);
- D. Afonso Duarte de Orleans e Bragança (1945–);
- D. Manuel de Orléans e Bragança (1949–);
- D. Cristina Maria do Rosário de Orleans e Bragança (1950–);
- D. Francisco Humberto de Orleans e Bragança (1956–) – dono do diário Tribuna de Petrópolis.