Dalmiro da Motta Buys de Barros
Filho de Alamiro Bica Buys de Barros e Maria Clara Jeolás da Mota, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, a 23 de março de 1942.
Museólogo, paleógrafo, heraldista, restaurador de imagens. Formado em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO e em Belas Artes pelo Instituto de Belas Artes, hoje Escola de Artes Visuais do Parque Lage, instituição pertencente ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. Foi Presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia no biênio 2004-2005.
Especialista não só em paleografia, mas também em heráldica e fotografias antigas. Viajou pela Europa, onde fez cursos e aprendeu a decifrar textos medievais em latim clássico e também em português antigo, sendo um dos poucos em nosso país com tal capacidade, sendo, por isso, com frequência consultado por pesquisadores e historiadores. Reuniu imenso acervo de fotografias de pessoas do século XIX e XX, incluindo daguerreótipos, cartes de visite, negativos de vídeos e álbuns de família. Procurado com frequência por pessoas que levavam fotos antigas sem identificação, pelos detalhes como roupas e ambientes conseguia datar, e não raro, identificar fotógrafo e fotografados. Era consultor de diversas instituições, como a Biblioteca Nacional.
Monarquista e grande conhecedor de heráldica, por indicação do CBG participou das comissões julgadoras para escolha do brasão dos municípios fluminenses de São José do Vale do Rio Preto (1990), onde foi agraciado pela Prefeitura com a Medalha de Mérito, e de Queimados (1993).
Publicou seu primeiro trabalho – “Uma carta de brasão, nobreza e fidalguia na seção de manuscritos da Biblioteca Nacional” – no boletim do IBRACLA, número 6 (1978). Com base nos documentos do Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio, veio a publicação de três fascículos iniciais da coleção “Banhos – Resumos dos processos de casamento do Bispado do Rio de Janeiro”. Por fim, sua grande obra foi, em 2012, “Colônia de Sacramento / Batizados, casamentos e óbitos / 1690 -1777”, em dois volumes, com base nos documentos da igreja do Santíssimo Sacramento de Colônia (Uruguai), que então pertencia ao Bispado do Rio de Janeiro.
Membro do Instituto Genealógico Brasileiro, do Instituto Português de Heráldica e do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba – SP. Ingressou no Colégio Brasileiro de Genealogia a 25 de janeiro de 1969, sendo eleito Titular em 25 de maio de 1989.
Faleceu em sua cidade natal a 9 de maio de 2023. Não deixou descendência.
(Textos-base: biografia pelo próprio associado, e homenagem póstuma, por Gustavo Lemos, ambas publicadas no boletim Carta Mensal do CBG)