Francisco de Paula Dias Negrão

Nasceu em São João da Graciosa, na antiga Barreira, Paraná, em 13 de agosto de 1871, filho do capitão e deputado provincial João de Souza Dias Negrão e de Maria Francisca da Luz Negrão, casados em 24 de novembro de 1866.

Foi capitão honorário do Exército por serviços de guerra prestados ao governo durante a Revolta da Armada, de 1893. Funcionário público, servidor da Fazenda, especializou-se em legislação fiscal, tornando-se perito na área tarifária. Sua carreira começou em Paranaguá, como escriturário da Alfândega, onde depois foi guarda-mor. Mias tarde tornou-se administrador da Mesa de Rendas em Antonina e instalou e dirigiu a seção aduaneira do Armazém de Encomendas Postais em Curitiba.

Em 1921 foi posto à disposição do Ministério da Guerra, nomeado presidente da Junta de Alistamento Militar na Vila Teixeira Soares, aposentando-se em 1930.

Foi colaborador em diversos jornais e revistas do Paraná, com artigos sobre história, costumes, tradições e etnografia. Foi membro efetivo e 2º tesoureiro do Instituto Histórico e Geográfico Paranaense; membro do Centro de Letras do Paraná e da Associação de Imprensa. Dirigiu o Boletim do Arquivo Municipal de Curitiba, publicação mensal oficial, da qual foram publicados 23 volumes, com 100 páginas cada.

Fez parte também dos Institutos Históricos e Geográficos do Ceará, Mato Grosso, Amazonas, Santa Catarina, além dos Institutos genealógicos de São Paulo e Rio Grande do Sul.

Faleceu em 11 de setembro de 1937, em Curitiba.

Além de ter colaborado com Silva Leme na Genealogia Paulistana, deixou os seguintes trabalhos:

  • A Conjura Separatista de 1821- 1916;
  • O Guarda-mor Francisco Martins Lustosa – 1917;
  • As Minas de Ouro da Capitania de Paranaguá – 1920;
  • Memória Histórica Paranaense – 1925;
  • Efemérides Paranaenses – na imprensa de seu estado, 1925;
  • O centenário da colonização alemã do Rio Negro;
  • Memória sobre monumentos artísticos e históricos do Paraná;
  • A viagem de D. Pedro II através do Paraná;
  • Memória sobre o ensino e a educação no Paraná;
  • Toponímia indígena do Paraná;
  • D. Ermelindo Leão – biografia;
  • Memória sobre o serviço de Correios e Telégrafos do Paraná: 1828-1889;
  • As três grandes vias de comunicação, ligando o Planalto Curitibano ao litoral;
  • Esboço para a história do Paraná – estudo inédito em 6 cadernos com mais de 600 páginas;
  • Vultos notáveis do Paraná

e a valiosíssima Genealogia Paranaense , em 5 volumes e cerca de 3.000 páginas, à qual dedicou 24 anos de pesquisa.

Fontes: Carta Mensal do Colégio Brasileiro de Genealogia, nº 17, out 1990; Boletim do Instituto Genealógico da Bahia, 2005.

Volatr ao topo