Geraldo Montedônio Bezerra de Menezes
Filho de José Geraldo Bezerra de Menezes e Lucinda Montedônio Bezerra de Menezes, nasceu no bairro Gragoatá, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro, no dia 11 de julho de 1915. Casado com Odette, faleceu em 09 de fevereiro de 2002 e deixou 15 filhos e 47 netos. Professor universitário e magistrado. Cursou o Ensino Médio no Ginásio Bittencourt Silva (1927-1931). Formou-se no curso superior pela Faculdade de Direito de Niterói – atual Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense-UFF (1932-1936), onde foi presidente do Centro Fluminense de Estudos Jurídicos (1935), do Centro Acadêmico Evaristo da Veiga (1936) e orador oficial de sua turma (1936). Foi um dos fundadores do Diretório Central dos Estudantes do Estado do Rio de Janeiro. Magistério – Lecionou Português e História na Faculdade Fluminense do Comércio (1934-1936) e Sociologia no Curso Complementar da Faculdade Fluminense de Medicina (1937-1943). Foi Catedrático e diretor, por dois períodos, da mesma Faculdade de Direito onde se formou. Professor fundador da Escola de Serviço Público Social da UFF, onde tem seu nome também como patrono da biblioteca. Professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1944-1945). Presidente da Comissão Nacional de Moral e Civismo. Membro do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Integrante de bancas examinadoras para o concurso de professor titular das Faculdades de Direito das Universidades Federais Fluminenses, do Rio de Janeiro, da Federal do Rio de Janeiro (antiga Universidade do Brasil), do Espírito Santo e do Rio Grande do Sul; da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em três concursos; e de outros inúmeros estabelecimentos de ensino superior. Secretário de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Magistratura – Juiz Presidente da Junta de Conciliação e Julgamento do Rio de Janeiro, então Distrito Federal – 1938-1941, ao ser instituída a Justiça do Trabalho, seguindo até 1945. Procurador e presidente do antigo Conselho Nacional do Trabalho. Designado pelo Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, participou da elaboração do Decreto-Lei 9797/1946 que extinguiu os Conselhos Nacional e Regionais do Trabalho – então vinculados ao Poder Executivo, criou os Tribunais Superior e Regionais do Trabalho, integrando a Justiça do Trabalho ao Poder Judiciário Ministro. Nomeado primeiro presidente do recém-criado TST, foi depois eleito e reeleito. Corregedor geral da Justiça do Trabalho. Religião -Católico praticante, integrou a Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos e o Centro Dom Vital. Presidente, em vários períodos, da Confederação Nacional das Congregações Marianas. Representante do Brasil no I Congresso Mundial de Apostolado dos Leigos (Roma-1951), tendo integrado a Comissão que presidiu o Conclave. Representante do Brasil no Congresso Mundial das Congregações Marianas (New Wark, Estados Unidos 1959). Presidente da Delegação brasileira ao I Congresso Latino-Americano do Apostolado Leigo (Buenos Aires-1967). Representante do Brasil no I Encontro-Latino Americano de Dirigentes da Ação Católica (Bogotá-1968) e no Congresso Latino-Americano de Dirigentes Marianos (Medelin-1968). Recebeu do Papa Paulo VI a Comenda de São Gregório Magno. Comendas e honrarias – título de “Construtor de Direito do Trabalho”, conferido pela Associação dos Magistrados do Trabalho do Estado de São Paulo; Grã-Cruz do Mérito Judiciário (1962), Grã-Cruz do Mérito do Trabalho, Grã-Cruz do Mérito da Educação Moral e Cívica, Colar do Mérito judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Ordem de Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores e a Ordem do Mérito Militar, no Grau de Grande Oficial. Cidadão Carioca, título conferido pela Assembléia Legislativa do antigo Estado da Guanabara. Associações – membro dos Institutos: Brasileiro de Direito do Trabalho; Brasileiro de Previdência e Assistência Social; de Direito, Medicina e Seguro Social; de Direito do Trabalho da Universidade Federal do Litoral, Argentina; Latino-Americano de Direito do Trabalho e Previdência Social; das Academias: Brasileira de Ciências Morais e Políticas; Brasileira de Ciências Sociais; Brasileira de Direito do Trabalho; Internacional de Jurisprudência e Direito Comparado. Da Sociedade Internacional de Direito Social. Da Associação Brasileira de Técnicos em Direito Social. Do Conselho de Defesa dos Direitos da pessoa humana. Membro honorário do Instituto de Direito Social de São Paulo; da Industrial Law Society, de Londres, e do Instituto Espanhol do Direito Processual. Membro correspondente da Academia Paulista de Direito. No campo da cultura e ciência, foi co-fundador da Academia Niteroiense e membro da Academia Fluminense de Letras, das quais foi Presidente, eleito e reeleito; do Cenáculo Fluminense de História e Letras e membro correspondente das Academias Carioca, Cearense e de Sergipe. Dos Institutos Históricos de Niterói, Petrópolis, Sergipe e Ceará. Do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Do Instituto Genealógico Brasileiro. Da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia-ASBRAP. Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia em 09.06.1992. Complemento – O acervo bibliográfico de sua propriedade, de aproximadamente dez mil obras nas áreas de direito, religião, literatura, filosofia e artes, foi doado pela viúva à biblioteca do Gragoatá, da UFF, no mesmo bairro onde nasceu. Levam seu nome o 2º pavilhão da Faculdade de Direito e a biblioteca da escola de Serviço Público – ambos da Universidade Federal Fluminense; a Sala de Júri Simulado na Universidade La Salle; uma Unidade Municipal de Educação Infantil, no bairro Santa Rosa; e o Fórum da Justiça do Trabalho – todos em Niterói-RJ.