Jacques Meurgey de Tupigny
Filho de Gustave Pierre Meurgey e de Henriette Marguerite Rimbault de Tupigny, nasceu a 28 de agosto de 1891 em Paris, França. Após o ENSINO Médio no Liceu Henrique IV, seguiu para a Faculdade Direito, interrompendo os estudos em 1912, para o Serviço Militar. Por causa da I Guerra, ficou impossibilitado de terminar o curso universitário, mas conseguiu honrosas citações na carreira, o posto de capitão e diversas condecorações, entre elas a Cruz de Guerra e a Legião de Honra. Terminada o conflito mundial, satisfazendo seu interesse e curiosidade sobre armas e escudos, vai estudar heráldica e sigilografia com Max Painet. Estimulado por Painet, cursou a École de Chartes por quatro anos (1920-1923), apresentando, na conclusão do curso, a tese “História da Paróquia de Saint Jacques-de-la-Boucherie – das origens a 1600”, publicada em 1926. Após o curso, trabalhou como Assistente de Direção do Museu de Artes Decorativas, onde ficou pouco tempo. Em 1931, assume como funcionário dos Arquivos Nacionais franceses e, em 1934, torna-se Chefe de Gabinete dos selos (timbres) oficiais, cargo que ocupa até 1944, quando é nomeado Coordenador em Chefe, aposentando-se em 1961. Membro permanente da Comissão Superior dos Arquivos da França. Responsável pelos cursos de heráldica, sigilografia e genealogia na Escola Nacional de Cartas. Fundador e presidente da Sociedade Francesa de Heráldica e Sigilografia, onde foi também Diretor da revista. Fundador e presidente da Sociedade de História da Soberana Ordem de Malta. Tesoureiro da École de Chartes e presidente no biênio 1960-1961. Presidente de honra da associação “Les Amis de Mabillon”.Comendador por três Ordens francesas: Legião de Honra, Artes e Letras e Palmas Acadêmicas. Comendador da Ordem Equestre do Santo Sepulcro. Cavaleiro da Soberana Ordem de Malta (Roma). Cavaleiro da Ordem Constatiniana de São Jorge. Grã-Cruz da Ordem de São Lázaro de Jerusalém, além de diversas outras comendas e condecorações. Publica em 1917 um pequeno artigo sobre as armas da cidade de Tournous e em 1918, um livro sobre as armas do país basco. De 1917 a 1980 são de sua autoria cinqüenta obras e mais de três centenas de artigos, destacando-se Les principaux manuscrits à peintures du musée Condé ct Chantilly – 1930; Armorial des Eglises de France – 1938; Armorial de la Géneralité de Paris, 4 volumes- 1968; No Boletim da Federação das Sociedades Históricas, de l’Aisne, dentre outros: Deux officiers de la Grande Armée, les barons Locqueneux – 1954; Le château de Guise et ses seigneur – 1958 ; L’oeuvre d’Edmond Duflot (1846-1927) et l’histoire de Lesquielles-Saint-Germain – 1959; La vente de La Capelle et de La Flamengrie à Jean de Proisy en 1437, t. XV – 1969; Une histoire inédite des seigneurs barons de Rumigny en Thidrache, t. XVIII – 1972. Criador de um sistema de numeração genealógica descendente e autor do “Guia de pesquisas genealógicas nos Arquivos Nacionais”, publicado em 1953 pela Imprensa Nacional francesa, com um estudo sobre as ‘pesquisas biográficas nos Arquivos do Sena (região da França onde está Paris) por François de Vaux de Foletier, arquivista-chefe: um livro pequeno e raro, de grande valia para o genealogista. Suas pesquisas genealógicas focavam-se principalmente nas famílias de três regiões: Picardie e Thiérache, terra de suas origens maternas; as duas Borgonhas, de onde vieram os Meurgey; Beanu e o país basco, onde passava as férias e tinha antigas e sólidas amizades. Muito tardiamente dedicou-se a estudar suas origens, e ao falecer tinha quase pronta a “História dos Senhores e do Baronato de Tupigny (Thierache, Cambrésis, Hainaut)”. Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia a 26.03.1967 e faleceu em Paris a 28 de agosto de 1973.