José Guimarães
Filho de Teodorico Ovidio Guimarães e Eliza Julieta de Souza Guimarães, nasceu na casa dos avós maternos em Cambuquira, Estado de Minas Gerais, a 5 de maio de 1909. Casou-se com a professora Leyde Moraes, tendo os filhos: Francisca Elisa, Maria Olímpia, Teófilo e Márcia Regina, que lhe deram 8 netos. Faleceu em Ouro Fino-MG a 1º de julho de 1987. Advogado. Com poucos dias de vida, foi para Delfim Moreira-MG, onde moravam seus pais e onde se batizou. Ao completar um ano de idade, seus pais o confiaram à avó materna e ao tio Teófilo, vigário da cidade. E, assim, foi vivendo em diferentes cidades, de acordo com as transferências do tio. Morou em Pouso Alegre-MG até os 8 anos, onde fez a Primeira Comunhão e estudou na escola particular do Sr. Ladislau. Seguiu para Ouro Fino-MG aos 9 anos, transformando a cidade em sua terra de adoção. Continuou os estudos em escola particular, depois estudou no Colégio Brasil e prestou exame para a Faculdade de Direito de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, onde bacharelou-se. Professor da Escola Normal de Ouro Fino, titular da Cadeira de Psicologia. Diretor da mesma escola por mais de 9 anos. Depois de aposentado, continuou a lecionar História do Brasil, Geografia, e Educação Moral e Cívica. Integrou a Diretoria da 39ª Subseção da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais, onde foi por muitos anos Secretário e Presidente no biênio 1957-1958. Membro de Juntas Eleitorais, do Conselho Diretor do Educandário São José de Ouro Fino, das Comissões de festas do Bicentenário da cidade (1949) e da trasladação das cinzas do Guarda-Mor Francisco Martins Lustosa de Curitiba para Ouro Fino, em 1973. Recebeu o título de Cidadão Ourofinense em 1978 e o laurel de “O Bateador” em 18.12.1986. Membro do Club Filatélico do Brasil, no Rio de Janeiro, e de diversos outros clubes e sociedades de filatelia. Pertenceu ao quadro dos Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Sergipe, Juiz de Fora-MG, Campanha-MG e Niterói-RJ. Sócio do Instituto Genealógico Brasileiro. Ingressou no Colégio Brasileiro de Genealogia em 15 de maio de 1961. Pesquisador reconhecido nacional e internacionalmente, nas palavras de Monsenhor Lefort: “muito escreveu e pouco publicou”. Participou da composição dos brasões municipais de Ouro Fino, Borda da Mata, Monte Sião, Inconfidentes, Campanha, Ipuiuna e Natércia, oficializados pelos respectivos municípios, todos em Minas Gerais. Artigos de sua autoria em publicações diversas: “Gazeta de Ouro Fino”: A Capela de Caldas e seu desmembramento; Ouro Fino nasceu paulista, Algumas fontes da História de Ouro Fino; Ângelo Batista, o descobridor das Minas de Ouro Fino; na “Poliantéa do Bicentenário de Ouro Fino”: Capitão Luiz de Freitas Vilalva, o Povoador de Ouro Fino; Cronologia dos Vigários de Ouro Fino; na “Semana Religiosa de Pouso Alegre”: Senador do Império Padre José Bento Leite Ferreira de Melo, fundador de Pouso Alegre; Arquidiocese de Pouso Alegre e seus Vigários; na Diocese de Pouso Alegre no Ano Jubilar de 1950: Histórias das Paróquias de Ouro Fino, Crisólia, Jacutinga, Borda da Mat, São José de Toledo, Silvianópolis, Douradinho, Delfim Moreira, Camanducaia e Cambuí; na “VozDiocesana” de Campanha: As Ilhoas; Os Garcias; O Fundador de Baependi; José Eleutério – Descendência de Bárbara Eleodora Guilhermina da Silveira; Genealogia de Vital Brasil; O Fundador de Três Corações; Dona Maria Pedroso – esposa do Patriarca D. João de Toledo Pisa Castelhano; em “Seleções Filatélicas”, um trabalho sobre o Bicentenário de Ouro Fino, tendo conseguido, com outros companheiros, o Selo Comemorativo e o Bloco sobre a data, que reproduz a fachada da Matriz da cidade; na “Revista Genealógica Latina”: As Ilhoas; Os Garcias com Árvore de Costado; na “Enciclopédia dos Municípios Brasileiros”, do IBGE: História da Borda da Mata; em boletins da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ouro Fino: resumo da História de Ouro Fino; na “Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo”: Um Rego Barros Pernambucano no Sul de Minas; Paschoal Leite: um estudo genealógico, com a colaboração de Luiz Carlos Sampaio de Mendonça; no órgão oficial do Estado de Minas Gerais :Resumo Histórico do Município de Inconfidentes; na obra de Guerino Casasanta, “Correspondência de Bueno Brandão”: Arvores de Costados do Presidente do estado de MinasGerais Júlio Bueno Brandão e de sua esposa Hilda Ribeiro de Miranda; biografia de Francisco Martins Lustosa, por ocasião da trasladação de suas cinzas de Curitiba para Ouro Fino. Na “Revista Brasil Genealógico”, do Colégio Brasileiro de Genealogia, publicou: As Árvores de Costado dos Presidentes Wenceslau Braz e Delfim Moreira; O Inconfidente Antonio de Oliveira Lopes. Deixou em preparo, em milhares de fichas, Povoadores do Sul de Minas. Sua obra de maior expressão, imprescindível para os estudiosos de Minas Gerais, foi editada postumamente: “As Três Ilhoas” – onde trata, da maneira detalhada e criteriosa que era sua marca, das três irmãs açorianas que imigraram para o Brasil por volta de 1723, fixando-se em Minas Gerais, onde se tornam troncos de antigas, tradicionais e importantes famílias.
Fonte principal: prefácio de Monsenhor Lefort na obra “As Três Ilhoas”.