Marcello Moreira de Ipanema †

Filho de Carlos Antônio Moreira e Olindina Maria do Carmo, nasceu em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, a 13 de abril de 1924.

Chegou jovem ao Rio de Janeiro, matriculando-se no Colégio Salesiano Santa Rosa, em Niterói-RJ e seguindo os estudos em outros da cidade do Rio de Janeiro. Formou-se em Geografia e História, com licenciatura, pela Faculdade de Filosofia da (então) Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi no Rio de Janeiro que construiu uma das mais brilhantes carreiras ligadas à cultura.

Foi professor de ensino médio municipal; responsável pelas disciplinas História e Legislação da Comunicação na PUC – Pontifícia Universidade Católica – RJ até 1974; instrutor da cadeira de História da América na Faculdade de Filosofia; colaborador no início das atividades do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro; docente da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília [1967-1969]. Assessor cultural das Faculdades Simonsen.

Livre docente e doutor em Editoração. Foi justamente no campo do jornalismo que Marcello deixou sua principal marca. Professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, foi autor de diversos livros, entre eles dois clássicos do jornalismo: Legislação da Imprensa, 2 vols – 1949 e Imprensa Fluminense – 1984, leituras obrigatórias para quem quer vencer na profissão.

Convidado pelo professor Hélio Alonso, foi o organizador e o primeiro diretor da Faculdade de Comunicação Social Hélio Alonso – FACHA, na década de 70. Nestes mesmos anos e no início da década de 80, foi diretor do jornal Ilha Notícias, além de fundador e primeiro presidente da Federação das Associações Fluminenses de Defesa de Meio Ambiente, congregando associações ecológicas de Angra dos Reis a Campos, de Magé a Cabo Frio, além das do Rio de Janeiro. Integrou, também, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

A preocupação com a cultura fez Marcello de Ipanema o primeiro diretor do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Guanabara, durante o governo de Carlos Lacerda, realizando os primeiros tombamentos do Rio de Janeiro. No mesmo período, dirigiu o Departamento de Cultura da Secretaria de Educação, a que se subordinavam os setores de bibliotecas, museus, teatros, inclusive o Teatro Municipal, Escolas de Artes e a Rádio Roquette Pinto.

Em 1991 recebeu o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro, oficializando uma paixão pelo Rio que já estava clara nas páginas de cada um de seus livros.

Membro de diversas Academias de Letras e Institutos Históricos, entre estes o de Niterói-RJ, que presidiu de 1981 a 1983. Membro do Conselho Municipal de Cultura de Niterói-RJ e Paraíba do Sul-RJ. Cidadão Honorário dessas duas cidades: Niterói e Paraíba do Sul.

Sócio efetivo do IHGB – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 29.09.1965, onde foi Primeiro Secretário no período 1986-1987. Alçado a Sócio Benemérito em 29.06.1987.

Autor, entre outros, de:

  • História do Brasil – didático, 1951;
  • História do Rio de Janeiro – 1965;
  • História da Comunicação – em co-autoria com sua mulher, Cybele de Ipanema, 1967;
  • A tipografia na Bahia – idem, 1977;

Seus últimos livros foram também escritos em co-autoria com sua mulher, Cybelle de Ipanema, todos com temática fluminense:

  • Imprensa Fluminense – citado acima, no texto – 1984;
  • Catálogo de Periódicos de Niterói – 1988;
  • Angra dos Reis no Segundo Reinado – 1990-1991;
  • Paraíba do Sul, contribuições históricas – 1990;
  • Ordenamento Jurídico e Administrativo no Espaço Fluminense/Carioca – 1991.

Faleceu aos 69 anos, na madrugada do dia 16 de julho de 1993, no Rio de Janeiro.

Volatr ao topo