Paulo Jaurés Pedroso Xavier

Nasceu em São Sepé, em 22 de agosto de 1917. Médico, formado pela Faculdade de Porto Algre-RS, em 1951. Genealogista e historiador. “Pesquisador incansável, não temia enfrentar imcompreensões quando convencido da veracidade do que afirmava. Achou em Rio Pardo e, entre descendentes de açorianos, o pioneiro na produção comercial de vinho no Rio Grande do Sul; falou de charqueadas na bacia do Jacui e na beira da Lagoa bem antes de um charqueador cearense se instalar em terras da atual Pelotas” (Blau Souza, médico e escritor).

Sua dedicação pela pesquisa histórica foi, pouco a pouco, afastando-o do exercício da Medicina. E o tema principal dessa dedicação era seu estado natal. Foi responsável por capítulos em diversos livros, mas escreveu apenas um  sobre o patrono da imprensa brasileira: Hipólito José da Costaum observador econômico na América, publicado pelo Instituto Estadual do Livro em 1977. Teve artigos publicados nos jornais gaúchos  Correio do Povo, Diário de Notícias, Diário do Sul e Zero Hora, além de revistas do Brasil e do exterior, sobre sociologia rural, economia, heráldica, genealogia e história.

Foi  diretor do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, do Departamento de Ciências e Cultura da Secretaria de Educação e Cultura;  diretor cultural da Associação Rio-Grandense de Imprensa, membro fundador do Conselho Estadual de Cultura, do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Cultural de Porto Alegre e do Patrimônio Histórico e de Ambiente Natural do Estado, e presidente do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. No Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, ocupou cargos na diretoria e no conselho fiscal; era associado do INGERS – Instituto de Genealogia do Rio Grande do Sul. Foi admitido no CBG em  30 de agosto de 1958. Era considerado o único genealogista das três Américas dedicado a estudos sobre o século XVIII.

Foi professor assistente na UFRGS, deu aulas na Pontifícia Universidade Católica – RS, na Universidade Federal de Santa Maria e na Fundação Alto Taquari de Ensino Superior. Em Santa Maria, iniciou curso pioneiro de arquivologia. Recebeu diversos prêmios, entre eles a medalha Rodrigo Mello Franco de Andrade, por contribuição à defesa dos bens culturais, e a medalha Negrinho do Pastoreio no ano de 2004.

Casado com Leonora Dal Pozzolo Xavier, pai de Paulo Armando e Leonora Maria, e avô de Bernardo, faleceu em Porto Alegre, em 28 de Junho de 2007.

Produção:

  • Francisco Ferreira dos Santos e sua Descendência – colaboração de Jorge Godofredo Felizardo, 1951 – páginas: 604/651 Capítulo 43 de “A Família Monteiro de Barros”, de Francisco de Barros Brotero. páginas: Separata 11951,53 páginas. S/Editora, São Paulo;
  • Luiz de Figueiredo Leitão e sua Descendência, mesmo parceiro, 1953, in páginas. 5/257 nº 3 da Revista do Museu Júlio de Castilhos  e Arquivo Histórico do RS, Porto Alegre – Separata 1953, 255 páginas. Oficinas  Gráficas da Imprensa Oficial, Porto Alegre;
  • Dom Diogo de Sousa e a Fundação de Bagé, comentário, 1955,  páginas 103/4 nº 6 Revista citada: Habilitação em Ordens Militares, 1955, in volume VII Revista Genealógica Latina, São Paulo;
  • Carlos Rodrigues de Carvalho e sua Descendência, genealogia, 1955,  páginas. 67/99 nº 5 Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do RS; Separata 1956, 33 páginas. Oficinas  Gráficas Imprensa Oficial, Porto Alegre;
  • Famílias de Manoel Pereira Teixeira e Domingos da Costa Couto, tese ao Congresso de História Catarinense, 1948 (Anais não Publicados);
  • Dom Diogo de Sousa, 1º Governador e Capitão General, 2 artigos, 1956, edições de 12 e 26/5 do “Correio do Povo “, Porto Alegre;
  • A Fundação de São Sepé, artigo histórico, 1956, edição de 9.6 do “Correio do Povo”, Ascendentes de Manoel de Araújo Porto Alegre, artigo genealógico, 1956, edição 13.10 mesmo Jornal acima;
  • reportagem sobre o Exemplar de “Colombo” de Araújo Porto Alegre – Anotado pelo autor e existente na Biblioteca Pública de Porto Alegre – artigo, 1956, edição de 29.11 “Correio do Povo”, Porto Alegre;
  • Praias do Sul, artigo, 1957 , edição 30. 3 mesmo jornal;
  • Praça da Harmonia, 2 artigos, 1957, edições 17/5 e 27/7 mesmo jornal, Porto Alegre;
  • Origem do Agrupamento Urbano, artigo,1957, edição de 6.7 mesmo jornal;
  • Bi-Centenário da Criação do Posto de Cadete, artigo, 1958, edições de 2 e 9.2 mesmo jornal;
  • Plano Hidroviário de Funcke, artigo, 1958, edição de 15.2 mesmo jornal;
  • De Iguai a  Guaíba, artigo, 1958, edição de 28.6 mesmo jornal;
  • Rio Pardo – Berço da Vitivinicultura, artigo, 1958, edição de 27.7 mesmo jornal;
  • Primeira Estação Experimental de Agricultura, 1961, edição de 22.9 do Suplemento Rural do “Correio do Povo”, Porto Alegre;
  • Pontes de Pedra no RGSul, 1962, in  “Almanaque do Correio do Povo”;
  • Forte de Caçapava – Histórico, colaboração. De F. Riopardense de Macedo,
  • Sociogênese Rio-Grandense, 1957, in edição especial de 20/9 do “Diário de Notícias¨, P. Alegre;
  • Zona do Trevo de Acesso à Ponte do Guaíba , colaboração R. Riopardense de Macedo – Antecedentes da Praça do Palácio  Legislativo, c/m/parceiro, 1958 , ambos em “Espaço Arquitetura” Porto Alegre;
  • D. Diogo de Sousa – Tese ao Congresso de História de Bagé, 1ª Série, 1963, in páginas. 11/30 dos Anais de Bagé, RGSul;
  • A Estância no Rio Grande do Sul, ensaio, 1964, páginas. 55/68 da obra coletiva “Rio Grande do Sul”- Terra e Povo, Editora Globo, Porto Alegre;
  • Aspectos da Evolução Sócio-Econômica de Santa Maria – Introdução a trabalho de pesquisa – Cadeira de Geografia da Universidade Federal do RS – Faculdade de Filosofia, 1964.

Palestras:

  • As Origens Históricas de Porto Alegre, 1959;
  • Formação da Estância Gaúcha, 1963, in Congresso junho da Estância da Poesia Crioula, Fontes para o Estudo da Geografia do RGSul, 1963 – Proferida na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
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