Pindaro de Carvalho Rodrigues
Filho de Antonio Rodrigues de Carvalho e Maria Amélia Almeida Nogueira, nasceu em São Paulo, capital do Estado do mesmo nome, a 1º de junho de 1892. Faleceu no Rio de Janeiro em 30 de agosto de 1965. Jogador e treinador de futebol. Médico sanitarista. Fez seus estudos de humanidades no Colégio Arquidiocesano da cidade de São Paulo, depois no Ginásio Nogueira da Gama, de Jacareí-SP e por fim no Colégio Anglo-Brasileiro da capital paulista, onde se dá sua iniciação no futebol. Em 1910, jogando pelo Sport Club Americano, foi campeão da Liga Paulista de Futebol. No ano seguinte, no Rio de Janeiro, ingressa no Fluminense Futebol Clube, sendo campeão carioca. “Quem não se recorda ou terá ouvido falar naquele triângulo intransponível: Marcos, Píndaro e Nery?”. Deixa o clube em 1912, fundando com outros atletas o time de futebol do Clube de Regatas Flamengo. Sendo um clube até então de regatas, o Flamengo não tinha campo para futebol, e sua equipe treinava na rua, em espaço cedido pela Prefeitura, em contato direto com os passantes, o que proporcionou sua rápida popularização. No Flamengo esteve de 03-05-1912 a 02-07-1922, tornando-se uma lenda no clube. Jogando na parte defensiva, participou de 82 partidas, com 52 vitórias, 15 empates, 15 derrotas e três gols marcados. Atuou também na Seleção Brasileira em 8 jogos, de 20-09-1914 a 29 de maio de 1919. Pelo Flamengo, foi 4 vezes campeão carioca (1914, 1915, 1920 e 1921) e pela Seleção Brasileira, campeão da Copa Roca em 1914 e sul-americano em 1919 – ano em que abandona o futebol como jogador. Foi diretor do Flamengo (e sócio benemérito), membro da CBD – Confederação Brasileira de Desportos e preparador (não remunerado) da seleção brasileira, o primeiro treinador a participar da Copa do Mundo, em 1930 no Uruguai. Em 1916 diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, iniciando sua vida profissional como médico da Estrada de Ferro Central do Brasil (1918-1930) e, depois, como sanitarista do Ministério da Educação e Saúde, até 1952. No começo da carreira foi requisitado pelo Governo do estado de Minas Gerais para o combate à epidemia da Gripe, tendo ali marcante atuação. Participou da Campanha contra as Endemias Rurais, ao lado de Belisário Pena, Carlos Chagas, Lafaiete de Freitas, Barros Barreto e Fontenelle. Inspetor sanitário, Chefe de Distrito Sanitário e Diretor do Departamento de Higiene da Prefeitura do Distrito Federal – a partir de 1947. Em 1960 recebeu a Medalha do Mérito Esportivo. Membro do Instituto Genealógico Brasileiro. Ingressou no Colégio Brasileiro de Genealogia em 18-06-1955. Passou a residir em sua chácara, na cidade de Bananal-SP, onde se dedicava às pesquisas históricas e genealógicas sobre os Carvalho Rodrigues, relacionados por casamento com a maior parte das famílias bananalenses. Autor do livro O Caminho novo: povoadores do Bananal, editado após sua morte, contendo um Apêndice composto do artigo “Revelações de Antigos Inventários: Bananal 1822-1882”, publicado no jornal O Estado de São Paulo e na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e de informações sobre “Fazendas do Bananal”. No Rio de Janeiro, na Gávea, o órgão municipal de saúde da região leva seu nome: Centro de Saúde Pindaro Carvalho Rodrigues.