Francisco da Gama e Costa Mac Dowell, Monsenhor

Filho do Ministro de Estado dos Negócios da Marinha e da Justiça, no Império, Conselheiro Samuel Wallace Mac Dowell, e de Ana da Gama e Costa Mac Dowell,  nasceu no Estado do Pará a 04 de fevereiro de 1890. Sacerdote e professor. Cursou Humanidades em Nova Friburgo-RJ, estudou Direito Civil na Faculdade de Belém do Pará, onde se diplomou. Doutor em Teologia e Filosofia pela Universidade Gregoriana, após curso eclesiástico no Pontifício Seminário Pio Latino Americano. Recebeu a primeira tonsura em 1911, o sub-diaconato em 1913, e o sacro do Prebisteriado na Basílica de São João de Latrão, em Roma, em 1915.  Chegou ao Rio de Janeiro em 1916. Professor do Seminário Provincial e presidente da Juventude Católica de São Paulo [1917-1918]. Cônego Honorário do Cabido metropolitano de São Paulo a 9 de agosto de 1918. Auxiliar da Nunciatura de 1920 a 1921, e capelão da Irmandade da Santa Cruz dos Militares. Professor concursado de Latim do Colégio Pedro II, ali é encontrado, em arquivos da instituição, lecionando Instrução Moral e Cívica de julho de 1925 a julho de 1932, sendo exonerado por extinção da Cadeira. Pároco da Igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho, no bairro da Tijuca, cidade do Rio de Janeiro, a partir de 21.07.1923, por 36 anos ininterruptos. Promoveu a remodelação de sua paróquia, inspirando-se nas feições da Basílica de S. Joaquim, de Roma, e conseguindo que cada um dos então 21 estados brasileiros doasse um altar. O Estado do Pará foi o primeiro a fazê-lo. A igreja foi reaberta em 1928. Carismático, inteligente e grande orador, exerceu enorme influência sobre a juventude, e suas missas eram extremamente concorridas. Morador da rua Alzira Brandão, em imóvel que pertencia à Igreja, ele era – segundo seu sobrinho Carlos MacDowell, homem de hábitos avançados para seu tempo, e tinha um Ford 1935 com o qual costumava ir à praia. Sendo autor de um livro sobre a vida do Duque de Caxias, passou a merecer a admiração e estima do Exército brasileiro. Fez parte da Comissão do Monumento ao Cristo Redentor. Ingressou no Colégio Brasileiro de Genealogia em 26 de junho de 1952, tendo sido o idealizador de seu lema”Æterna non caducat”. Faleceu a 29 de agosto de 1962. No Rio de Janeiro, no mesmo bairro da Tijuca onde trabalhou e residiu, o Decreto 1490 de 20.11.1963 deu seu nome a uma rua.

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